Chegou a hora de respondermos a enquete da semana. Vocês se lembram deste post? Nele contei sobre a controvérsia em torno da fonte de inspiração para o Castelo da Bela Adormecida. Château de Carcassonne x Alcázar de Segóvia. Não importa, conheci os dois. O Château de Caracassonne já lhes mostrei aqui, aqui, aqui e aqui. Hoje, visitaremos o Alcázar, de que confesso gostei muito mais, por fora e por dentro.
Um pouquinho de história:
Há registros da sua existência desde o século XII, sendo que o mesmo viveu o seu auge com a ascensão ao trono da monarquia Trastàmara. Todavia, após a mudança da corte para Madri, ele deixou de ser uma residência real. Por mais de dois séculos foi utilizado como prisão e, em 1762, a mando do rei Carlos III, tornou-se a Real Escola de Artilharia.
Em 1862, um grave incêndio destruiu o seu teto e boa parte da estrutura. A reconstrução se deu de 1882 a 1896. Nesta data, o rei Afonso XIII e a rainha regente Maria Cristina entregaram o Alcázar ao Ministério da Guerra para que servisse ao Corpo de Artilharia.
foi o rei Filipe II quem acrescentou ao Alcázar os telhados pontiagudos, tal como os vistos nos castelos centroeuropeios |
A visita:
Após atravessar o ponte sobre o fosso, se adentra ao castelo. A primeira sala visitada é conhecida como Sala do Paço Velho que data da época de Afonso X. Atualmente, está repleta de armaduras bem bacanas.
Depois, vamos a Sala da Chaminé que contem um belo mobiliário do século XVI.
Chega-se então a uma da salas mais fantásticas do castelo. A Sala do Trono.
trono feito para a visita do rei Afonso XIII a rainha Vitória Eugenia para comemorar o centenário de 2 de Maio de 1808 |
A seguir, a Sala da Galé (pois seu teto já teve a forma de um casco de navio invertido).
Ela fica colada a Sala do Paço Velho, e possui janelões com belas vistas.
A Sala das Pinhas, com 312 figuras like pinhas, liga a anterior a Câmara Régia.
as portas em estilo néon-mudéjar |
Enfim, chegamos a Sala de Reis cuja forma atual se deve as ordens de Filipe II.
A próxima sala é a do Cordão que possui um cordão franciscano enfeitando as suas paredes. Conta uma lenda local que Afonso X "El Sábio" mandou fazer essa decoração como sinal de penitência pelo seu excesso de orgulho.
A Capela é outro dos principais recintos do castelo. Nela foi celebrado o casamento de Filipe II com Ana de Áustria.
Ela é linda, mas seu destaque fica a cargo do quadro "Adoração dos Reis Magos" de Bartolomeu Carducho, que felizmente foi salvo do grande incêndio.
Seguimos até o Pátio do Relógio, e visitamos a fantástica (as crianças adoram) Sala de Armas e depois a Sala do Tesouro.
Antes, de prosseguirmos, uma pausa no Terraza del pozo nos garantem belas fotos de Segóvia.
A ultima parada é no Museu da Real Escola de Artilharia. Confesso que o achei bem sem graça, mas para quem curte...
Na verdade, o museu é a penúltima parada. Pois, no subsolo vale a pena visitar esses restos arquitetônicos romanos.
Há visitas guiadas, mas achei o audioguia mais do que suficiente. A entrada com o áudio custa 8€. No entanto, não deixem de investir mais 3€, para curtir a "cereja do bolo". A Torre João II de onde temos as mais belas vistas da cidade, do entorno, e da arquitetura do próprio castelo.
No verão (abril-setembro), ele funciona das 10-19h; no inverno (de novembro-março) das 10-18h. No mês de outubro: sextas e sábados com horário de verão, no restante dos dias segue-se o horário de inverno.
A visita ao interior do castelo dura cerca de 45 minutos, mas contem com, no mínimo, mais meia hora para apreciar as vistas da Torre João II.
Agora é com vocês. Garanto que a visita vale cada centavo de euro investido.
Aquele abraço!
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